quarta-feira, 21 de maio de 2014

DESPEDIDA E BALANÇO FINAL

Ontem foi nosso jantar de despedida de Paris no Restaurant Le Bouï-Bouï, Bistrô especializados em pratos de Aveynon, aconchegante de 30 lugares e comida muito saborosa.

Restaurant Le Bouï-Bouï

Fatia de terrine de Foie Gras com cebola caramelizada e pão torrado

Steak Tartare, batatas sauté e salada

Brochete de Magret de Cannard com Aligot

Crumble de maçã com caramelo beurre salé em cima

Até mais Rue Montorgueil

Hoje amanheceu frio, cinza e chuvoso, é hora de partir.
Adoramos a idéia de ficar num apartamento, este aqui aliás, que é uma delícia!
Mas sonhei muito alto, achava que faria muito mais coisas do que realmente fiz. Dimensionei mal o tempo, minha lista seria para 2 meses aqui.
Na verdade 15 dias não são nada, só para dar vontade de mais tempo, isso sim.
Muitas feiras que não fui, uma lista enorme de comidas que não experimentei, optamos por fazer Bistrôs, era mais fácil dada a quantidade de coisas para ver.
E cá entre nós, os Bistrôs são muito bons mesmo, tradicionais, regionais, e tudo bem feito.
Gostaria de ter cozinhado mais em casa, fiz algumas coisas, mas nem tudo que desejava.
Comprei aquilo que tinha planejado e outro tanto também.
Voltamos felizes com a temporada parisiense, aprendemos muita coisa, vimos outras tantas lindas e sonhamos com uma volta no futuro.
Valeu Paris!

À Bientôt

terça-feira, 20 de maio de 2014

PROGRAMA LEGAL, MAS COM DIREITO A MILHAGEM NO CARTÃO FUNAI

Hoje fomos a Versailles.
Cidade e Palácio construídos por Luís XIV, o Rei Sol. Entenda-se que no séc. XVII acreditava-se que a terra girava em torno do Sol.
Luís XIV odiava Paris. Quando criança houve uma revolta da aristocracia , a Fronda, contra a gestão da Regente Ana da Áustria, sua mãe, a família teve que fugir da cidade.
Assim que Luís XIV é coroado, decide construir uma cidade nos arredores de Paris onde tudo seria como ele queria, de forma a controlar a nobreza e somente ele governar o Estado francês.





Era chamado de Rei Sol porque, de fato, ele conseguiu controlar toda a França e governá-la com bem quisesse.
Frases famosas do Rei Sol: “O Estado sou Eu”  ou “Os amigos próximos, os inimigos mais próximos ainda “ , mais uma “A arte mais completa é a gastronomia, a única que engloba todos os sentidos”.



Entrada do Palácio de Versalles

É obrigatório conhecer Versailles para quem vem a Paris, ajuda entender a vocação do país para a arte, o bom gosto e o refinamento. 

Padrões desenvolvidos naquela época são referencias até os dias de hoje e produtos franceses de qualidade também.
Fundação ou maior estímulo na produção de: Cristais São Luís, porcelana de Sèvres e Limoges, Gobelins, tapetes Aubusson, sedas, brocados, passamanarias, etc. 
Os padrões Ocidentais de comportamento social, ou seja, a Etiqueta teve em Luís XIV seu maior parceiro, modo de dispor talheres na mesa, toalhas, guardanapos, talheres específicos para cada prato, copos específicos para cada bebida, distribuição de convidados à mesa. Ordem de importância social, salões de conversações e regras diferenciando nobreza da burguesia.
Tudo isto não era em vão, foi uma maneira de dar excelência aos produtos franceses, de tal maneira a serem cobiçados e comprados por vários países. Um marketing muito bem feito, todo ele girando em torno do maior palácio da Europa Ocidental na época.
O Palácio é composto de um edifício principal e anexos, pois Versailles era residência da família real, cortesãos e escritório  de Estado.
Os jardins decorativos clássicos franceses, imensos, cheios de fontes e esculturas, além de Pavilhão de caça, Casa de Campo (Petit Trianon), pequena vila campestre de Maria Antonieta e uma área de mata preservada para as caçadas do rei.


Fonte de Apolo


Petit Trianon

Cozinha do Petit Trianon

Fonte de Baco


O palácio propriamente dito é a área mais refinada: tetos decorados com trabalhos de bordas folheadas a ouro, pinturas de temas mitológicos, paredes forradas em mármores ou tecidos e lustres de cristais.
Também a famosa Sala dos Espelhos, onde aconteciam as festas da nobreza.
Um grande salão retangular, piso em parquet, teto com pintura predominantemente em azul, amplas portas dando para o balcão com vista para os jardins e lado oposto, portas forradas de espelho, que dão a sensação do salão ser o dobro de tamanho e ajuda no reflexo da iluminação.
Uma sala mágica, apreciada até os dias de hoje.








Nosso passeio foi invertido, primeiro os jardins com um carrinho elétrico e depois o palácio, pois sabíamos que ia chover daí a inversão na visita.


Porque milhagem no cartão Funai?
1º De Paris a Versailles você pode ir de trem suburbano – RER-C, é barato e simples, só não ligue de ser lotado,
2º Porque você vai descobrir , ao chegar em Versailles que esta é bem mais lotada.
3º Muita gente significa filas muito longas, uma multidão mais ainda.
Pois é isto.
Versailles tem milhares de visitantes todos os dias, da hora que abre até a hora que fecha, mesmo que você já tenha comprado seu ingresso antecipadamente.
Sempre você estará rodeada de gente numa verdadeira torre de Babel.
Idades? Todas também.
Portanto, mantenha a calma, tenha paciência para encontrar o banheiro, que sendo feminino sempre haverá uma longa fila.
Use um sapato confortável porque você caminhará bastante, e leve um agasalho, pois é uma visita de dia inteiro. Uma hora você vai precisar dele, mesmo com o calor da multidão.


Mas....vá a Versailles! É lindo e único!